Viva o Maximiano
Ora bem. Querem uma proposta para reformar uma parte importante da AP? Sigam a receita do Inspector-Geral da Administração Interna, Rodrigues Maximiano. Cito agora, sempre com vénia, as duas primeiras respostas da sua entrevista ao DN de hoje:
Há falta de polícias em Portugal?
Temos 46 mil agentes fardados (PSP e GNR) num território com 93 mil quilómetros quadrados. Ou seja, um por cada dois quilómetros. Em média é um para 218 habitantes, o que corresponde ao mais alto rácio da Europa. Quem é que pode achar que é pouco? Precisamos é de uma definição clara de competências e funções, colocando civis a fazer o trabalho de civis e polícias a fazer o trabalho de polícias, e depois recorrer ao outsourcing para tarefas que fará melhor e ficam mais baratas.
Há um mau aproveitamento dos recursos humanos?
Para assegurar a actividade policial poderia prescindir-se de 30 a 35% dos actuais 46 mil efectivos. Formar um oficial de polícia custa muito dinheiro e não pode ser para chefiar uma secretaria. Para isso vou à administração pública e escolho um administrativo, que ganha muito menos e que, se calhar, gere muito melhor.
Aí está, temos polícias mais que suficientes, só temos que os pôr a policiar e deixar as tarefas administrativas para administrativos.
Parece simples bom senso. Quem e quando o vai fazer?
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