Viva o Maximiano (II)
As televisões deram grande destaque à entrevista do IGAI, na tónica "há polícias a mais" e procurando reacções negativas da parte das associações de classe do sector. No entanto, o tom das declarações foi moderado e as divergências expressas foram mais de enfoque do que de substância. Todos concordam que há funções que podem ser desempenhadas por civis e que "alguns corpos de polícia deveriam ser unificados". Acrescentam ainda que as sugestões merecem uma "reflexão profunda".
Ora, parece que temos reunidas as condições subjectivas para fazer uma reforma das forças de segurança. Que bom seria o governo comprometer-se a apresentar propostas concretas nesta área até ao fim do ano.
Entretanto lá decorreu mais um debate do "estado da nação". Para além da troca retórica da "tanga" pelo "fato de banho" o debate teve o ar de "reprise" de baixo nível. A R da AP não mereceu mais que uma referência passageira e inócua no discurso do PM:
Esta é, porventura, a prioridade das prioridades do nosso processo reformador. Do seu sucesso depende, em grande medida, o decurso de muitas outras reformas. A sua concretização será um contributo decisivo para a melhoria da competitividade do nosso País.
Muita parra?
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