Cadilhe, o burocrata em ascensão
Apesar deste blog se dedicar à defesa da burocracia (enquanto forma superior de organização administrativa), não deixa de reconhecer as suas limitações. Uma delas é a tendência para o crescimento em dimensão e poder que, se não for travada, pode ser muito perniciosa.
Ora, este governo, que se arvora anti-burocrata, está a gerar uma burocracia galopante - a Agência Portuguesa de Investimento (API).
A API surgiu com o grande objectivo de substituir o ICEP e parte do IAPMEI. Primeira falha: tanto um como outro ainda aí estão!
A API destinava-se a estimular o investimento estrangeiro, mas o Conselho de Ministros de 10 de Julho já alargou as suas competências ao investimento nacional acima de certo montante.
Entretanto a API, como se viu esta semana, também já faz planos de desenvolvimento turístico (!!).
E agora vai criar (reparem bem na designação) o Alto Conselho do Investimento Estrangeiro.
De acordo com o próprio Cadilhe, cito do Público de hoje scv:
Sem querer revelar o teor dos estatutos daquele colégio consultivo, que, segundo assegurou, "não terão réplica em Portugal", Cadilhe adiantou que ele será constituído por um número restrito de personalidades com reconhecido mérito nas áreas empresarial, do investimento estrangeiro e dos meios académico, científico e tecnológico. "Espera-se que este Alto Conselho desenvolva um papel primordial no desenvolvimento da temática em causa, contribuindo, desta forma, para a atracção de mais e melhor investimento para Portugal"
Excelente! Miguel Cadilhe está em primeiro lugar na corrida para Burocrata Mor do consulado barrosista.
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