Porque será?
O director do Público volta a preocupar-se com o declínio da AP:
"Durante muitos anos a engenharia civil portuguesa - e em especial a engenharia de pontes - era motivo de orgulho. Para além de nomes como Edgar Cardoso, o país possuía um laboratório de investigação de renome internacional - o LNEC - cujos serviços e competência eram reconhecidos em todo o mundo. Para além disso, empresas portuguesas de projectistas e de construção eram consideradas internacionalmente e trabalhavam com regularidade nalgumas das maiores obras públicas do planeta. Por fim havia um sentido de serviço público nos organismos do Estado que faziam com que fosse impensável realizar obras de forma descuidada.
Este quadro geral degradou-se enormemente nos últimos anos. Os organismos do Estado viram os seus quadros envelhecer e confrontaram-se com a dificuldade de contratar técnicos novos e competentes por não lhes oferecerem condições atractivas. No sector particular das estradas, o desmembramento da JAE agravou a situação, pois facilitou a saída de muitos quadros históricos. Quanto ao LNEC, o instituto é hoje uma sombra do que foi no passado, asfixiado por falta de verbas e envelhecido por incapacidade de renovar os seus quadros. Até a autoridade de fiscalização que se lhe reconhecia foi em grande parte diminuída."
Pois. E como é que se recupera a capacidade e o prestígio? Com mais "medidas estúpidas"?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home