Reforma em Agosto?
Título do Público: "Sindicatos rejeitam negociar R da AP em Agosto".
Eu conto-me entre os que consideram ter os sindicatos perdido o contacto com o "tempo que passa". Infelizmente e apesar da liderança mais esclarecida da CGTP, os sindicatos, portugueses e outros, são hoje forças essencialmente conservadoras que se limitam a recuar de trincheira em trincheira.
Apesar disto, reconheço que têm feito uma leitura essencialmente correcta da anunciada R da AP, como transparece desta transcrição do Público, feita scv:
esta é uma reforma com "ideias velhas". "Existem instrumentos legais suficientes para a avaliação de desempenho dos serviços e dos trabalhadores, mas o Governo não os faz aplicar", acusou Paulo Trindade, acrescentando que: "Não são os trabalhadores da função pública que causam os problemas do país, como se faz crer. A função pública não está em auto-gestão: quem a gere é o Governo e é o Governo que tem que ser responsabilizado".
Ora, neste contexto, compreende-se mal que os sindicatos recusem discutir a R da AP em Agosto - o que eles deviam recusar era discutir propostas inúteis ou redundantes. E exigir que o governo apresente, caso exista, o verdadeiro quadro e âmbito da R da AP. Ou toda a fanfarra só se destinava a empacotar umas alterações na avaliação dos funcionários e acabar com os concursos para as chefias?
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