A opção nuclear

Quando confrontados com a realidade do esgotamento do petróleo, costumamos reagir dizendo "As centrais nucleares são muito mais seguras que as hidroeléctricas. Não deixará de haver electricidade". Convém lembrar que o risco associado às centrais nucleares também é muito superior ao risco associado às hidroeléctricas. Na verdade o risco associado às centrais nucleares é incalculável pois permanece por milhares de anos. Além disso, mesmo no imediato as contas são complicadas. Acerca deste assunto proponho este artigo e esta página da Science Digest de julho de 1985. Vinte anos depois, os Estados Unidos ainda não resolveram o problema de armazenar resíduos radioactivos. Apesar de tudo, alguns continuam a tentar construir reactores nucleares. Confirme.

O consumismo nunca falha

Na revista Science Digest de Outubro de 1982 apareceu um anúncio do primeiro computador para pessoas normais: o ZX81 custava, novo, menos de cem dólares. Em Portugal, este pequeno computador esteve presente em metade dos agregados familiares e catalizou o desenvolvimento da informática na década seguinte. No entanto, o consumismo entrou em cena, e apesar da ideia prevalecente de que os preços dos equipamentos informáticos baixa exponencialmente, foi preciso esperar vinte e cinco anos para surgir o decTOP.

As alterações climáticas

Na revista Scientific American de Março de 2005 encontram-se dois gráficos bastante eloquentes sobre as alterações climáticas. O primeiro é conhecido como "Hockey Stick" e mostra que no Século XX a temperatura média no hemisfério Norte subiu o triplo do que tinha descido nos nove Séculos anteriores. O segundo gráfico está incluido no artigo de capa e mostra como as actividades humanas estão a modificar o ciclo de glaciações das últimas centenas de milhares de anos (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Ice_age). A conclusão é que a era glaciar, que poderia ter começado há cinco mil anos atrás, vai iniciar-se abruptamente quando se reduzir a queima de combustíveis fósseis.