Bem prega frei Portas

Cito, scv, do Expresso de 22 de Novembro: "O ministro da defesa, Paulo Portas, fez novas contratações milionárias para o seu gabinete. Pelo menos três especialistas em gestão e assuntos jurídicos começaram recentemente a trabalhar na Secretaria-Geral do Min. da Defesa Nacional (MDN) com ordenados que ascendem aos 6500 euros. O Governo,aliás, está a fazer "tábua rasa"das suas próprias resoluções,como a de Maio de 2002, que proíbe a realização de novos contratos, a não ser quando se verifique serem "absolutamente imprescindíveis", mesmo nos casos de "requisição de pessoal a empresas públicas e privadas". Desde que tomou posse, mais de três dezenas de "encarregados de missão" foram nomeados, e pelo menos metade deles com ordenados da ordem dos seis mil euros." Palavras para quê?

Queixas sobre a burocracia (no Reino Unido)

O "Economist" de 15 de Novembro (outra vez na parte de acesso restrito) tem um artigo com o título "Red tape, blue moods" que dá conta das queixas dos empresários relativamente ao "excesso" de regulamentação. Parece uma cópia das queixas feitas em Portugal - ao menos neste indicador, estamos ao nível do Reino Unido!

R da AP nos EUA

O "Economist" de 6 de Novembro trás (na parte de acesso por assinatura) um interessante artigo sobre a "privatização" do Serviço de Parques americano. Os que puderem, leiam e reparem nas semelhanças e diferenças com o que se passa em Portugal. Para os outros, deixo os períodos finais da peça: The professionals involved ... —including historians, architects, cultural anthropologists and archaeologists—generally earn less in the Park Service than their counterparts in the private sector. They are also willing, as the private sector rarely is, to work for love. Many a Park Service scholar has wielded a lavatory brush in the service of culture. “We are here to protect the national patrimony,” says the South-East Archaeological Centre's manager, “and to turn that into something that's for-profit-based would be the death-knell for the Park Service.”

R da AP em "part-time"

No grandioso congresso da AP, o PM anunciou outra medida radical: poderá haver funcionários públicos em regime de "part-time"! Notável! De manhã na Agência de Segurança Alimentar, à tarde no "Talho do Joaquim". Um dos principais problemas actuais da AP é a promiscuidade entre actividades públicas e privadas, tacitamente aceite porque os FPs, nomeadamente os licenciados da carreira técnica, "ganham mal". Agora, se o "part-time" vier a ser institucionalizado, empurra-se FPs para o multiemprego. Boa!

"Os "boys" e a Constituição"

Leiam o Francisco Teixeira da Mota.

"Bagão Félix demite Inspector-Geral da Segurança Social"

Porquê?

"ICN está quase sem chefias"

A, verdadeira mas inconfessável, R da AP prossegue.

Editorial "bem tirado"

Depois do editorial de Sexta, o Público conseguiu recompor-se com o editorial de Sábado, assinado por Manuel Carvalho. Pequena citação: "Veja-se, por exemplo, o caso da "mãe de todas as reformas", a da administração pública. Se a introdução da avaliação do desempenho é indispensável para que se moralize a progressão nas carreiras e se aumente a eficácia dos serviços, para que serve a partidarização das escolhas de altos dirigentes? Para a consolidação orçamental, um dos desígnios da reforma, não serve, de certeza."